22 de dez. de 2014

Retrospectiva 2014: o pior da TV


1. "Em Família": Manoel Carlos não teve sorte no que classificou como sua última novela (chama a Anita de volta, Maneco!). Apesar de algumas atuações bacanas, como de Bruna Marquezine e Julia Lemmertz, foi sofrido acompanhar o dramático e estático Laerte de Gabriel Braga Nunes. Você se lembra como o personagem morreu no último capítulo? Foi pelas mãos da aluna pianista que ninguém lembra o nome. Ela entrou no meio da história, falou meia dúzia de palavras e tinha uma paixão encubada pelo tutor. Ôh, Maneco...


2. "Além do Horizonte": antes da estreia, a novela foi comparada ao seriado de aventura "Lost", que arrebatou milhões de fãs pelo mundo. Mas logo nos primeiros capítulos a gente viu que a banda estava bastante desafinada. A faixa das 19h da Globo amargou baixíssimos índices de audiência com a história da galera non-sense que se escondia em uma comunidade no meio da selva em busca de felicidade plena. Primeiro que a localização "no meio da selva" já mostra que são grandes a chance de dar besteira, né? No fim, o personagem de Antonio Calloni, loucão, se trancafiou numa máquina maluca criada por ele e foi para o tal além do horizonte atrás de alegria, amor, felicidade e sei lá mais do quê. Vai com Deus.


3. "Geração Brasil": a novela da dupla Izabel de Oliveira e Filipe Miguez (a mesma de "Cheias de Charme") estreou com uma expectativa gi-gan-te. Mas não decolou (fuééén). Acontece que o público das 19h precisava de algo arrebatador para apagar da memória o fracasso de "Além do Horizonte". "Geração" divertiu em diversos momentos, teve personagens memoráveis (que, inclusive, estão na lista dos melhores de 2014), mas se perdeu na história baseada em tecnologia, Vale do Silício, hackers, games, programação, arrobas e blá blá blá. No fim das contas, foi muito mais negativo que positivo.


4. "CQC": Marcelo Tas deixa a bancada do humorístico da Band após sete anos e leva junto a cambada toda atualmente no ar. Dani Calabresa, Felipe Andreoli, Oscar Filho, Ronald Rios… Está todo mundo aí na vida distribuindo currículo. Quem assume a cadeira de líder é o ótimo Dan Stulbach, ao lado de Marco Luque e Rafinha Bastos (no melhor clima "a volta dos que não foram"). O lance é saber um pequeno detalhe: Dan entra no programa com a missão de ser o novo Tas, ou com a missão de tornar o programa um projeto seu? Porque esse detalhe vai fazer toooda diferença. Vale acompanhar para o balanço de 2015.


5. "A Fazenda": posso estar enganada, mas a sensação é que uma parcela mínima do Brasil acompanhou o reality show da Record esse ano. Cadê o babado, a confusão, a gritaria? Tão pouca repercussão rolou por aí...Vale repensar se, realmente, a emissora quer continuar investindo na produção para o futuro. Se sim, uma chacoalhada vai bem. Ah, fora que tem o Britto Jr. como apresentador, né? Isso aí, meu querido, é um capítulo à parte...

6. "BBB 14": a uruca bateu forte nos realities em 2014. Antes de "A Fazenda", o "BBB 14", no início do ano, ficou morninho, morninho. E olha que a gente A-M-A Boninho e companhia, hein? O time escalado prometeu e só cumpriu meia dúzia de bafos dentro da casa. O programa perdeu agilidade e a direção precisou se virar nos 30 para agitar aquilo ali. Até a mãe enfiou no meio! Para 2015, Pedro Bial e Boninho falaram que estão pegando pesado nos critérios de seleção, e tudo para evitar essa maldita "profissionalização de BBBs". Vamos ver se dá certo.

7. "Sexo e as Negas": ou ame ou odeie. Não tem meio termo com a série de Miguel Falabella. Na verdade, a qualidade do produto é ótima e a história tem ritmo, mas não decolou como se esperava. Um dos pontos negativos foi a acusação de racismo que a atração recebeu antes da estreia. O autor precisou se retratar publicamente para colocar ordem na casa.

8. "The Voice Brasil": nosso coração bate muito forte por programas musicais. Rola choro, desespero e dormência no corpo todo de tanta emoção. Mas, meu Deus do céu… Como o nível do "The Voice" está fraco esse ano. A situação piora se você comparar com a versão americana, que também está no ar pelo Sony. Ah, além de tudo, os EUA têm o magya Adam Lavine como jurado, enquanto a gente se contenta com Daniel, né? Tá puxado!


9. "Programa da Sabrina": Sabrina Sato é musa-salve-salve, mas vamos combinar que sua atração na Record não decolou como prometido. Pelo menos, não ainda. Sabrina ganha em carisma, e isso é inegável, mas tem muito chão para caminhar até se manter firme na apresentação solo de um programa com tantas horas no ar. Haja assunto sem encher linguiça, Brasil.

10. "SuperStar": a ideia é ótima, as bandas da primeira temporada continuam colhendo frutos da participação na TV, mas vários detalhes precisam urgentemente ser ajustados. Com a segunda temporada confirmada, Fernanda Lima segue no comando (e tudo bem, ela segura a onda direitinho) e os três jurados também. Aí que está o problema. Ivete Sangalo, Dinho Ouro Preto e Fábio Jr. devem caprichar mais nos conselhos e discurso. Só aquela história de “vocês são demais, tá ótimo, amo tudo, amo o Brasil” não convence e nem ajuda ninguém.

11. Repeteco: tem Vicente em “Império” (Rafael Cardoso), em “Alto Astral” (Otávio Augusto), em “Boogie Oogie” (Francisco Cuoco) e tinha em “Geração Brasil” (Max Lima). Tem Cristina em “Boogie Oogie” (Fabíula Nascimento), “Alto Astral” (Elizabeth Savalla) e também em “Império” (Leandra Leal). Inês também está bombando em “Boogie” (Deborah Secco) e Maria Inês em “Alto Astral” (Christiane Torloni). Está demais, não? Cadê o fórum de dramaturgia analisando os repetecos?

12. “Tá na Tela”: Luiz Bacci trocou a Record pela Band para ter o seu próprio programa no melhor estilo policialesco. E fuéééén. Quatro meses foi o que durou a atração, que chega ao fim agora em dezembro. A emissora estuda remanejar o jornalista para outro programa da casa. Justo, né? Alguma coisa precisa justificar o salário giga que Bacci está embolsando.


Fonte site ig.com.br

0 comentários:

 

Fofocaqui 2013